No último dia 16 de
agosto completou-se 31 anos da morte de
Elvis Presley, o maior ídolo do rock mundial, conhecido como o Rei do Rock.
Elvis não é o rei por ser o criador, ou o
maior compositor do estilo mais falado, difundido, comentado, amado e detestado do mundo. O título de compositor ou pai do rock não pertence a esse menino nascido no interior dos Estado Unidos, mas um rei não é necessariamente um criador, e no caso de
Elvis o
adjetivo se dá por outros
fatores importantissimos.
Elvis era um garoto branco,
loirinho (para quem não sabe o cabelo preto era pintado), ou seja o americano clássico vendido nas imagens de
propaganda do
American Way off life da época. Porém
Elvis quebrou uma barreira na época
inimáginavel. Era um homem branco, cantando, dançando e rebolando ao ritmo de uma música
autênticamente negra.
Este primeiro passo de
transgressão, já mostrava na época o que seria o rock no decorrer de sua história, um movimento musical de contra-cultura.
The Pelvis, como ficou conhecido no
início da década de 1950, chocava ao rebolar e cantar músicas com um forte apelo sexual. A dança frenética, que fazia com que mães afastassem suas filhas de perto do palco quando ele dançava, pois pensavam que ele estava tendo um ataque
epiléptico, não impediu que o ritmo
crescesse na voz forte e vibrante de seu maior nome. Aliás justamente a imagem de
transgressão, só fez o mito em torno dos
roqueiros crescer cada vez mais, fazendo com que chegasse a todos os cantos do planeta,
como a
imagem do jovem e o jeito
"cult" de ser.
Não há duvida de que se não existisse um
Elvis mais nada de chocante existiria no mundo, não só na música, mas também em mudanças de comportamento em geral. John
Lenon já declarou que se não fosse
Elvis nunca pensaria em ter uma banda de rock, Raul
Seixas foi fortemente influenciado pela música e pelos filme em preto e branco do Rei, e até mesmo nomes como Madona e
Michel Jakson não existiriam, se antes o garoto tímido e sensível
não tivesse ousado quebrar as barreiras de sua timidez, empunhando uma guitarra
elétrica, tocando um ritmo quase
rudimentar, de
poucos acordes e contra-tempos incrivelmente simples e gritando a plenos pulmões palavras proibidas.
Elvis modificou o jeito de se vestir, de agir e ser jovem, como antes apenas a
literatura beatnik havia feito, porém sem o alcance
pop deste mestre.
Elvis tem tudo haver com o garagem, pois ele também começou sendo quase proibido de tocar, como as bandas de hoje sofrem com os vizinhos, e como todas as bandas de
moleques espinhentos sempre sofreram, ele também ouviu que o que fazia era só barulho, e
principalmente sem ele, hoje não seriamos como somos hoje.
Então em homenagem aos 31 anos da morte do Rei,
estou escrevendo este pequeno e humilde texto, que é quase uma declaração de amor ao Rock, o motivo que nos une neste blog e da
existência de um Garagem
Roll.
Como dica
coloquei o
link do v
ídeo em que o Rei canta a música
Jail House Rock.www.youtube.com/watch?v=tpzV_0l5ILI&feature=relatedEduardo Amaral