segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O maior de todos

No último dia 16 de agosto completou-se 31 anos da morte de Elvis Presley, o maior ídolo do rock mundial, conhecido como o Rei do Rock. Elvis não é o rei por ser o criador, ou o maior compositor do estilo mais falado, difundido, comentado, amado e detestado do mundo. O título de compositor ou pai do rock não pertence a esse menino nascido no interior dos Estado Unidos, mas um rei não é necessariamente um criador, e no caso de Elvis o adjetivo se dá por outros fatores importantissimos.

Elvis era um garoto branco, loirinho (para quem não sabe o cabelo preto era pintado), ou seja o americano clássico vendido nas imagens de propaganda do American Way off life da época. Porém Elvis quebrou uma barreira na época inimáginavel. Era um homem branco, cantando, dançando e rebolando ao ritmo de uma música autênticamente negra.

Este primeiro passo de transgressão, já mostrava na época o que seria o rock no decorrer de sua história, um movimento musical de contra-cultura. The Pelvis, como ficou conhecido no início da década de 1950, chocava ao rebolar e cantar músicas com um forte apelo sexual. A dança frenética, que fazia com que mães afastassem suas filhas de perto do palco quando ele dançava, pois pensavam que ele estava tendo um ataque epiléptico, não impediu que o ritmo crescesse na voz forte e vibrante de seu maior nome. Aliás justamente a imagem de transgressão, só fez o mito em torno dos roqueiros crescer cada vez mais, fazendo com que chegasse a todos os cantos do planeta, como a imagem do jovem e o jeito "cult" de ser.

Não há duvida de que se não existisse um Elvis mais nada de chocante existiria no mundo, não só na música, mas também em mudanças de comportamento em geral. John Lenon já declarou que se não fosse Elvis nunca pensaria em ter uma banda de rock, Raul Seixas foi fortemente influenciado pela música e pelos filme em preto e branco do Rei, e até mesmo nomes como Madona e Michel Jakson não existiriam, se antes o garoto tímido e sensível não tivesse ousado quebrar as barreiras de sua timidez, empunhando uma guitarra elétrica, tocando um ritmo quase rudimentar, de poucos acordes e contra-tempos incrivelmente simples e gritando a plenos pulmões palavras proibidas.

Elvis modificou o jeito de se vestir, de agir e ser jovem, como antes apenas a literatura beatnik havia feito, porém sem o alcance pop deste mestre.

Elvis tem tudo haver com o garagem, pois ele também começou sendo quase proibido de tocar, como as bandas de hoje sofrem com os vizinhos, e como todas as bandas de moleques espinhentos sempre sofreram, ele também ouviu que o que fazia era só barulho, e principalmente sem ele, hoje não seriamos como somos hoje.

Então em homenagem aos 31 anos da morte do Rei, estou escrevendo este pequeno e humilde texto, que é quase uma declaração de amor ao Rock, o motivo que nos une neste blog e da existência de um Garagem Roll.

Como dica coloquei o link do vídeo em que o Rei canta a música Jail House Rock.

www.youtube.com/watch?v=tpzV_0l5ILI&feature=related

Eduardo Amaral